segunda-feira, 1 de abril de 2013
O Melhor dos Mundos
Vou fazer de conta que você é minha
Guardo nosso abraço
Esqueço que nos desprendemos
Guardo o beijo que nos demos
Lábios se afastando - passo!
Vou fazer de conta que eu sou feliz
À maneira de um mito
Repito aquele momento sagrado
Espelho dos meus anseios - cristalizado
Ah! Como esquecer é bonito!
Vou fazer de conta que te tenho aqui
Não existe esperança no horizonte
Mas pra quê esperar se já te tenho?
Pra quê olhar ao longe se te vejo aqui?
Além do espaço e tempo, somos nós dois juntos
No melhor dos mundos imagináveis
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Tudo
Eu amo tudo o que vc fala e faz
e me odeio por tudo o que odeio em vc.
Odeio tudo o que vc faz
que me faz pensar que não sou o melhor pra vc,
pois vc só merece o melhor.
E eu amo tudo o que vc faz
que me faz pensar que não sou o melhor pra vc.
E também odeio tudo isso.
E por isso me odeio.
Odeio quem faz e fala tudo o que vc fala e faz,
porque me lembra vc,
mas não é vc.
Vc
é tudo.
Eu amo tudo
o que vc fala e faz.
Eu amo tudo
o que vc é:
tudo.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Legs (Losing) End
sábado, 5 de novembro de 2011
Ain't Nothing But a Sketch
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Desmistificação
Minha doce bola-de-cristal
Dádiva de reinos fantásticos
Lembro de quando, ao fitar-te
Via meu futuro: um homem
Cheio de vida
Pleno de passado
Pleno de presente
Pleno de futuro
Agora, cristal
Não passas de um espelho
Ao fitar-te, hoje, vejo apenas
Meu presente: um homem morto
Um indigente
Carente de passado
Carente de presente
Carente de futuro
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Let It Bleed!
Parte I:
Ou morrerei no Vietnã?
Porque é '69
Homens devem lutar na rua
E todos precisam de alguém em quem sangrar
Parte II:
No more shelters!
Não há mais tempo
Flores e delírios vãos
Vão!
Parte III:
Já sei disso muito bem
Mas ideias não mudam o mundo
De que vale uma tomada de consciência
Se o cabo tá fora da tomada?
terça-feira, 24 de maio de 2011
My Love
My love is fair
My love is funny
I love her hair
Her lips of honey
But then you ask me why am I so sad
Why all my nights are whispers, wounds and wine
My love is kind
My love is tender
She took my mind
And I surrender
And you still ask me why my eyes don't shine
And I will tell you why
My love is lovely
But not mine
She makes me smile
That's why I'm crying
She makes me live
That's why I'm dying
Cause in the eve of my true life I died
This night is dark and there's no moon above
My lovely love
It's not mine
I'm waiting for the day...
...when someone will sing "I'm Waiting for the Day" to me. (Invertendo os sexos, óbvio! hauhauhauh)
P.S.: Perdoem o post ultra-pessoal, mas podem curtir o senhor Brian Wilson, que faz bem! =]
P.S.: Perdoem o post ultra-pessoal, mas podem curtir o senhor Brian Wilson, que faz bem! =]
domingo, 24 de abril de 2011
Debaixo da ponte
A vida é tão linda
Debaixo da ponte
O final de um film-noir
Você é o culpado
A culpa é ser vítima
Vítima das circunstâncias
Causador das mesmas
O homem que quis viver embaixo da ponte
Há algo de errado nisso
Não foi isso o que você quis
Apenas atravessá-la
Quem sabe o que há do outro lado
Uma esperança
Quem vive no Inferno não o teme
Quantas imperfeições têm os corpos
Esvanecer-se é um purificar-se
Que obra de arte é o nada,
Quando tudo é tão feio!
A vida é tão feia
Quando não há horizonte
E tudo é tão lindo
Debaixo da ponte
Debaixo da ponte
O final de um film-noir
Você é o culpado
A culpa é ser vítima
Vítima das circunstâncias
Causador das mesmas
O homem que quis viver embaixo da ponte
Há algo de errado nisso
Não foi isso o que você quis
Apenas atravessá-la
Quem sabe o que há do outro lado
Uma esperança
Quem vive no Inferno não o teme
Quantas imperfeições têm os corpos
Esvanecer-se é um purificar-se
Que obra de arte é o nada,
Quando tudo é tão feio!
A vida é tão feia
Quando não há horizonte
E tudo é tão lindo
Debaixo da ponte
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Acusações [Ou Inquisições]
Quem ousa, ainda hoje, afirmar o valor de quaisquer ideais que transcendam os moldes da ideologia comum cedo deve acostumar-se com os dedos indicadores que apontam em sua direção – pra não mencionar os dedos em riste. A acusação mais comum, como se pode observar, é a da contradição entre os ideais defendidos e o comportamento praticado. Com efeito, sendo o defensor de ideais humanitários um herdeiro do cristão comum, do fiel que se submete à doutrina que lhe desfavorece completamente, e sendo os acusadores – esse “rebanho de Nietzsche” –, os herdeiros da instituição cristã, do Tribunal do Santo Ofício, torna-se tarefa fácil imputar nos primeiros o sentimento de culpa e o desejo de redimirem-se do pecado, concedendo a Deus – o “novo Deus” do conformismo, de que fala Horkheimer – o poder sobre sua vida.
Tais acusações são, em primeiro lugar, uma fuga. Refletem, além disso, uma total incompreensão acerca da natureza do pecado que se procura combater. Mas o que quero dizer quando chamo tais acusações de fuga? Afirmo simplesmente que, quem acusa o humanista de não praticar seu humanismo deixa esse humanismo completamente intocado. A acusação que eu faço agora de que os acusadores nada mais são do que fugitivos não pode certamente ser dirigida à totalidade dos acusadores. Se eu assim pensasse talvez me comportasse como os próprios acusadores de que falo aqui. Mas é uma prática comum essa fuga: se não se consegue combater um ideal, combate-se o defensor daquele ideal. O filme “Thanks for Smoking” demonstra bem isso. “Eu não preciso me dar ao trabalho de discutir se os ideais humanísticos têm ou não valor em si, porque seus próprios defensores não os praticam.” Bravo! Sua fuga foi bem sucedida!
Eu não posso, entretanto, me ater a esse ponto. Pra além do fato de essas acusações indicarem um temor de se enfrentar os ideais humanistas em si, elas sequer chegam a tocar os acusados! Quem se acostumou a ser rebanho da ideologia comum, segundo a qual fazemos muito mais pela humanidade ajudando a construir o que já foi construído – reforçando a existência do que já existe – do que se dedicando a metas utópicas, a mente acostumada a essa prisão – tão confortável quanto parecem à opinião comum as próprias penitenciárias, onde se tem cama, mesa e banho – não consegue perceber a riqueza da crítica do real. Pra essas cabecinhas bem “formadas” – enfatizo aqui toda a riqueza de significados lisonjeiros e depreciativos dessa palavra –, o indivíduo que critica a desigualdade deve necessariamente repartir o que é seu com quem não tem nada ou tem pouco. Isso é matemático. Como operação matemática, convém perfeitamente a essas mentes presas ao existente, que há muito sabem ler a linguagem matemática do livro que é o mundo. Se A possui 3 bicicletas e é defensor da igualdade, e B e C não possuem bicicleta, logo A deverá dar as 2 bicicletas aos demais, pra honra e glória do Senhor. No entanto, aparecem D e E alegando que também não possuem as tais bicicletas, e faz-se necessário então introduzir Salomão na equação – como licença matemática – pra realizar as devidas operações fracionárias. Parece ser assim a visão de igualdade que têm os depreciadores da igualdade. Afinal, a igualdade [=] é um sinal matemático, ou não?!
A mente realista – no sentido daquela que é presa ao real, ou melhor, presa “do real” – sequer se dá ao trabalho de analisar a natureza das propostas humanísticas. Mas não irei aqui me dar também ao trabalho de explicar essas propostas – talvez em comentários, ou talvez eu faça uma continuação pra essa postagem. Queria apenas lembrar um professor, socialista convicto, que possuía um padrão de vida bem acima do comum, o que atiçava o desejo de servir a Deus desses inquisidores comuns. Quando estes acusavam-no de contradizer seus ideais na prática, sendo um socialista “burguês” – e quem afirma isso sequer sabe o que caracteriza um burguês – o tal professor respondia categoricamente: “Quem gosta de miséria é o capitalismo!”.
REFLITAO
Marcadores:
Capitalismo,
Filosofia,
Horkheimer,
Nietzsche,
Revolução
Assinar:
Postagens (Atom)