quarta-feira, 10 de março de 2010

As sábias multidões não se dxam enganar...

Ouse defender um velho ideal. Ouse apontar pro moinho-de-vento e chamá-lo de dragão. Ou simplesmente ouse dizer algo que ninguém quer ouvir, por mais verdadeiro que seja. De preferência, diga algo que incomoda os "vitoriosos", aqueles que ocupam posições que você só pode sonhar em alcançar... [E não, eu NÃO to falando de políticos! Tá me achando com cara de Rede Globo?] Ouse e vc verá...



No século XVIII, o riso do filósofo diante de palavras imponentes soava como um tom estimulante e corajoso que tinha uma força emancipadora. Tais palavras eram os símbolos de uma tirania real; zombar delas envolvia o risco da tortura e da morte. No século XX, o objeto de riso não é a multidão conformista, mas sim o excêntrico que ainda se aventura a pensar autonomamente.

(Max Horkheimer - Eclipse da Razão)

As massas dominadas prontamente se identificam com a agência repressiva. Na verdade, é exclusivamente a seu serviço que eles se dão rédea solta para satisfazer seus imperiosos impulsos miméticos, sua necessidade de expressão. Sua reação às pressões é a imitação: um desejo implacável de perseguir. Esse desejo por sua vez é utilizado pra manter o sistema que o produz. A esse respeito, o homem [pós-]moderno não é muito diferente do seu antecessor medieval, exceto na escolha das suas vítimas.

(Max Horkheimer - Eclipse da Razão - com pequena alteração minha no "pós" =D)

Linchamento de jovem negro nos EUA.