domingo, 12 de julho de 2009

Pela vida


Queria fazer arte pela arte,
mas não há artisticidade
no cotidiano tragicômico.
Em corpos cuja única intencionalidade
é o comer/ ser comido,
o possuir/ ser possuído,
o matar/ ser morto...
Como experimentar novas formas de arroto,
se uma só é a forma de fazer a Coca-Cola?
E sempre repetida...
Toda vida, sem vida.
Não há vida pela vida,
mas há, em toda parte:
morte pela morte,
comida pela comida
e arte pela arte.